@article{da Silva_2020, title={Nuit e a Esfinge: o Egito como transição do mundo oriental ao mundo grego em Hegel}, volume={2}, url={//helius.uvanet.br/index.php/helius/article/view/101}, abstractNote={<p class="western" lang="pt-PT" align="justify"><span style="font-size: small;"><span style="font-family: Palatino Linotype, serif;"><span lang="pt-BR">Entre os filósofos europeus que contribuíram para o reducionismo ideológico e eurocêntrico que “desafricaniza” o Egito, destaca-se o alemão Georg W. F. Hegel (1770-1831). Em sua </span></span><span style="font-family: Palatino Linotype, serif;"><span lang="pt-BR"><em>obra Lições sobre a História Universal</em></span></span><span style="font-family: Palatino Linotype, serif;"><span lang="pt-BR">, Hegel traça o itinerário de desenvolvimento do Espírito Universal que percorre a história, desde o mundo oriental, chegando por fim à Europa. Ao falar sobre a transição do mundo oriental ao mundo grego, destaca a civilização egípcia e seu lugar na marcha da história, onde esta ao mesmo tempo distancia-se do chamado “espírito africano” e prepara o surgimento do “espírito grego”. Desta forma, o Egito é distinto da África em seu aspecto histórico e filosófico. O Egito é apresentado como “a terra dos mistérios”, que tem como figuras representativas e simbólicas a deusa Nuit e a Esfinge, a primeira, cujo véu esconde suas origens, e a segunda, como representação de uma natureza híbrida entre os aspectos da naturalidade e da espiritualidade. Neste breve artigo, pretendemos mostrar como o Egito aparece na obra de Hegel simbolizando a transição e a passagem do mundo natural e substancial oriental para a luz e o autoconhecimento do mundo grego, negando assim sua vinculação com a África, reduzida a um apêndice da história oriental, escancarando assim a ideologia racista e eurocêntrica que construiu uma imagem negativa da cultura africana, elemento fundamental para legitimação do colonialismo.</span></span></span></p> <p class="western" lang="pt-PT" align="justify"><span style="font-size: small;"><span style="font-family: Palatino Linotype, serif;"><span lang="pt-BR"><strong>Palavras-chave</strong></span></span><span style="font-family: Palatino Linotype, serif;"><span lang="pt-BR">: </span></span><span style="font-family: Palatino Linotype, serif;"><span lang="pt-BR">Filosofia. África. Egito.</span></span></span></p>}, number={2}, journal={Revista Helius}, author={da Silva, Francisco José}, year={2020}, month={fev.}, pages={300–317} }