Revista Helius
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<p>A <em>Revista Helius</em> é o periódico online semestral do Curso de Filosofia da Universidade Estadual do Vale do Acaraú - UVA, com a política editorial de abranger todas as áreas da investigação filosófica. Nesse sentido, a revista objetiva ser um espaço editorial de rigorosa discussão filosófica, estando aberta à participação de doutores, mestres e pós-graduandos das mais diferentes regiões do país e do mundo, das mais diversas ordens temáticas, segundos as quais se organizará a recepção das contribuições de artigos originais, traduções, resenhas e entrevistas. Classificação na avaliação Qualis (2017-2020): B2. </p> <p><em>Revista Helius</em> is the semiannual online journal of Department of Philosophy at Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA), with the editorial policy of covering all areas of philosophical research. To this end, the journal aims to be an editorial space of rigorous philosophical discussion, open to the participation of doctors, masters and graduate students from the most different regions of the country and the world, and open to the most diverse thematic orders, according to which the journal organizes the receivement of original articles, translations, reviews and interviews. Qualis rating (2017-2020): B2. </p> <p> </p>Curso de Filosofia do Centro de Filosofia, Letras e Educação da Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA)pt-BRRevista Helius2357-8297Capa & folha de rosto
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<p>Sumário e Editorial</p>Marcos Fábio Alexandre NicolauErmínio de Sousa NascimentoRoberta Liana Damasceno CostaMaria Dulcinéa da Silva Loureiro
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2025-11-282025-11-2861ENTREVISTA COM CHRISTIAN LINDBERG LOPES DO NASCIMENTO
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<p>A Revista Helius entrevistou o filósofo CHRISTIAN LINDBERG, uma das principais referências em Filosofia da Educação e Ensino de Filosofia do país e atual Diretor da recentemente criada Associação Brasileira de Ensino de Filosofia (ABEFil). Natural de Paulo Afonso (BA), Graduado em Filosofia (UFS), Mestre em Educação (UFS), Doutor em Filosofia da Educação (UNICAMP) e pós-doutor em Educação (UNICAMP). É docente do Departamento de Filosofia, onde faz parte dos programas de pós-graduação em Filosofia da UFS e da UFPE (Prof-Filo). Foi coordenador do PPGF/UFS (2023 a 2025), Coordenador Institucional do Programa CAPES - Residência Pedagógica da UFS (2019 a 2021) e do Núcleo do Programa Residência Pedagógica/Filosofia (2019 a 2024). Integra o GT Filosofar e Ensinar a Filosofar da ANPOF), coordenando o importantíssimo Observatório do Ensino de Filosofia em Sergipe (OBSEFIS). É avaliador do PNLD (2021-2024 e 2026-2029) e consultor do INEP na elaboração do ENADE/Licenciaturas (2024 e 2025). Além de toda essa experiência não esqueçamos de salientar sua profícua produção acadêmica de livros, artigos científicos e textos jornalísticos sempre atuais e instigantes. Agradecemos imensamente a disponibilidade e generosidade do professor Christian Lindberg em nos conceder esta entrevista.</p>Christian Lindberg Lopes do Nascimento Ermínio de Sousa Nascimento José Aldo Camurça de Araújo Neto
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2025-11-282025-11-2861ENSAIO SOBRE AS RAZÕES DA “MISÉRIA” DO ENSINO DE FILOSOFIA
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<p>O Ensaio tematiza as razões da “miséria do Ensino de Filosofia”. Tais razões baseiam-se na minha experiência como estudante e professor de Filosofia, no Brasil. São elas: o modelo educativo escolar que: gera a Educação para o não-pensar (1), “castra” a atitude filosófica na criança (2) e endeusa o cientificismo, o tecnicismo, o pragmatismo, que seriam úteis à sociedade da lógica e poder do Capital (3). Este, para se manter como poder onímodo, omite-se ou legisla para desamparar o ensino de Filosofia (4). O ensino de Filosofar e o filosofar no Brasil, ademais, sofrem com a reverência às idéias dos “grandes” filósofos da tradição (5). Essa situação contribui para a má-formação nos cursos de licenciatura em Filosofia, onde os graduandos são ensinados a reverenciar e não aprendem a ensinar Filosofia e a filosofar (6). Enfim, todas essas razões causam o desencontro de realidades: professores de Filosofia que ensinam mal, estudantes que quase não aprendem (7).</p>Antonio Francisco Lopes Dias
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2025-11-282025-11-2861HISTÓRIA DA FILOSOFIA NO BRASIL
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<p>Este artigo defende que além de ensinar e estudar a Filosofia no Brasil é necessário também a pesquisa e o ensino do que foi produzido e se produz em termos de ensino de Filosofia nos diversos estados da federação, como um procedimento decolonial de valorizarmos o que é produzido em cada micro região do país. No livro <em>História do Ensino de Filosofia no Ceará</em> seus autores, apresentam, didaticamente, e de forma cronológica (desde meados do Século XVI até o início do Século XXI), as principais instituições educacionais cearenses e pessoas que foram decisivas no ensino, na definição de leis e produção de políticas públicas que determinaram o ritmo do Ensino de Filosofia no Estado do Ceará.</p>Cristiane Maria MarinhoAntônio Alex Pereira de Sousa
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2025-11-282025-11-2861PARA ALÉM DO NEGACIONISMO E DO CIENTIFICISMO
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<p>O contexto de confusão epistêmica, provocado pela extrema-direita nos últimos anos, gerou uma polaridade que assombra o sistema educacional brasileiro, confundindo professores de filosofia no desafio da formação crítica e reflexiva dos estudantes. Ou uma ciência neutra, objetiva, hegemônica e universalizante, de base eurocêntrica e etnocêntrica, ou um negacionismo científico disfarçado de oportunismo relativista, onde tudo é verdade e qualquer narrativa é válida; ambos acríticos. Como questionar a soberania da epistemologiamodernaocidentale a instrumentalização da ciência e da razão pelo poder colonial/imperial/capitalista, sob a ameaça do negacionismo científico e revisionismo ideológico? Diante deste dilema, o presente artigo aponta para a importância das epistemologias alternativas do Sul Global e do pensamento crítico latino-americano, nem negacionistas e nem cientificistas, frente às epistemologias, metodologias e pedagogias coloniais, imperialistas e eurocêntricas.</p>Carolina Alves d' Almeida
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2025-11-282025-11-2861A LGBT+FOBIA NAS ESCOLAS ESTADUAIS LOCALIZADAS EM FORTALEZA E AS ATUAIS POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A DIVERSIDADE
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<p>Nesse estudo, investigamos a reprodução da LGBT+fobia nas Escolas Estaduais da cidade de Fortaleza/CEe as políticas públicas para a diversidade na educação, com o objetivo de entender o porquê de ainda existir LGBT+fobia hoje em nossa sociedade neoliberal e na escola. Para tanto, procuramos entender se existe a “ideologia de gênero” e se, em nome de combatê-la, avança a LGBT+fobia nas escolas; as políticas públicas no Ceará de combate à LGBT+fobia na escola; se existe política de formação de professores(as), voltada para combater a LGBT+fobia. A pesquisa foi realizada mediante a aplicação de um questionário pelo Formulário Google, sendo seus dados interpretados do ponto de vista marxista. Seus resultados alertam para a necessidade de políticas públicas mais eficazes, de uma organização maior de LGBT+ nas escolas, sendo preciso uma formação permanente de professores(as) e da comunidade escolar.</p>Silvio Roberto Araújo GiffoniCristiane Maria MarinhoTibério Lima OliveiraSilvio Gentil Jacinto Junior
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2025-11-282025-11-2861A ESCOLA SUBSISTE A UM MUNDO COLONIZADO?
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<p>O texto que se apresenta reflete um dos colapsos da existência humana: a perversidade da ideologia colonial que perpassa pela singularidade, direito e liberdade de seres humanos. Estes escolhidos para serem destituídos de seus corpos, culturas, saberes e humanidade. Á vista disso, consideramos que a escola aparece como um espaço de experiência política no sentido de confirmação da pluralidade humana; de questionamento de práticas de manipulação, perpetuadas por décadas entre as relações humanas; de pensar o mundo sob diversas perspectivas, e de abandonar o caráter simplório formativo da escola, para o de propiciadora de experiências vivas. Nesse sentido, questionar a desumanização pela colonização, racismo e demais formas perversas de exclusão e de estranhamento humano, recai junto a uma reflexão da escola como espaço de ação política. Nossa compreensão, sugere que os saberes docentes também são colonizados necessitando transformar-se em discussões de mundos, ampliando o debate sobre a ação e experiência política do ser humano, visto que consideramos a escola como um dos principais cenários do exercício da decolonialidade.</p>Débora dos Santos Góis GondimKaroline Torres Ferreira Sabry Monroe
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2025-11-282025-11-2861A EDUCAÇÃO NO CONTEXTO DA INDÚSTRIA CULTURAL NA PERSPECTIVA DE THEODOR ADORNO
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<p>A educação, no contexto globalizado, é uma ferramenta para a formação de indivíduos adaptados aos interesses do capitalismo. No entanto, essa educação também é concebida como possibilidade de resistência ao que diminui a autonomia das pessoas na sociedade. A denúncia recai sobre o modelo educacional predominante, que, em vez de buscar a emancipação do indivíduo, o manipula sem uma reflexão crítica. O uso dos meios de comunicação de massa exemplifica bem os <em>modus operandi </em>do sistema capitalista para manter os <em>status quo </em>da sociedade burguesa. Nesse contexto, que “tipo” de educação é viável para formar pessoas para se contrapor aos mecanismos de dominação da sociedade vigente? Tal educação não pode se limita apenas a adaptar os indivíduos ao mundo. Ela precisa valorizar a autorreflexão para potencializar a resistência contra as estratégias do capitalismo que converte a cultura em semicultura e a formação em semiformação. A “Indústria Cultural” é um dispositivo que promove a massificação das pessoas por meio da padronização do comportamento e pela produção em série de artefatos e pelo entretenimento.</p>Ermínio de Sousa NascimentoElias Gonçalves Rodrigues
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2025-11-282025-11-2861PROJETO “FILOSOFIA E LITERATURA”
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<p>O presente artigo tem em vista trazer a reflexão sobre a experiência do projeto de extensão universitária “<em>Literatura e Filosofia</em>”, do curso de Filosofia do Campus Goiás da UFG, em parceria com o Coletivo Feminista GSEX (Grupo de Estudos, Pesquisa, Extensão e Cultura: Gênero, Direitos e Sexualidade) e com o NEABI (Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas) sob a coordenação da Profa. Dra. Ana Gabriela Colantoni e os membros do Grupo de Estudos Sartre da UECE (GESUECE). O projeto realizou-se na Escola de Ensino Médio de Tempo Integral da Rede Estadual do Ceará, na cidade de Fortaleza, na turma de segundo ano do Ensino Médio e consistiu na análise filosófica a obra literária <em>A Confissão da Leoa</em> (2008). A análise tinha em vista construir junto ao corpo discente algumas chaves de leituras que levassem a reflexões filosóficas suscitadas na obra no campo das relações de gênero, economia e perspectiva social. A premissa teórico-metodológica do projeto é a de se pensar a relação entre filosofia e literatura no campo do ensino e uma possibilidade de ampliação de repertório cultural e de formação aos estudantes do Ensino Médio. Para realização deste trabalho, adotou-se como metodologia, além do uso de ferramentas convencionais, como a leitura de texto e a realização de aulas expositivas, o uso de ferramentas digitais de multimídia, tais como a realização de <em>lives</em> e a utilização de mecanismos eletrônicos na mesma no sentido de facilitar a troca de informações e ampliar o alcance das discussões.</p>Francisco José Assunção da SilvaRita de Cássia Santos Bittencourt
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2025-11-282025-11-2861REFLEXÕES E PRÁTICAS PARA UMA EDUCAÇÃO TRANSFORMADORA
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<p>Este trabalho tem como objetivo analisar as potencialidades educacionais presentes nas reflexões dos escritos de Nietzsche a respeito do silêncio, o voltar a si mesmo e a importância de observar o “eu” (<em>Ich</em>) em relação ao “si mesmo” (<em>Selbst</em>), relacionando ao pensamento de Foucault sobre as relações do sujeito com as práticas consigo mesmo. Nietzsche enfatiza a importância de os mestres cuidarem de si antes de guiar outras pessoas e para ele a escrita não deve ter como objetivo melhorar a humanidade, mas permitir autonomia crítica ao indivíduo. Foucault, por sua vez, aborda as relações entre poder/saber e subjetividade, considerando a problemática do cuidado de si. Tomamos como base deste trabalho a figura do mestre e os desdobramentos na filosofia de ambos os filósofos enquanto potência criativa que permite fazer uma investigação sobre como fazemos e pensamos a educação.</p>Gabriela Massarra Santos Heine
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2025-11-282025-11-2861NOVOS ATLAS ANATÔMICOS PARA O ENSINO APRENDIZAGEM DO CORPO QUE DANÇA
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<p>A pesquisa pressupõe que o ensino aprendizagem das estruturas do corpo convencionado à disciplina da Anatomia Humana evidencia mecanismos de poder e regimes de verdades entre o visível e o dizível do corpo. O Atlas, enquanto dispositivo de poder que padroniza e disciplina corpos, não daria conta da porção inventiva de um corpo em formação em dança contemporânea. Por sua vez, os métodos da Educação Somática vêm operando uma nova dissecação pela experiência das estruturas do corpo, possibilitando a emergência de novas narrativas corporais do/no movimento. Um possível percurso criativo de resistência se instaura na microfísica das interrelações de poder, advindo, desta vez, da potência viva de um corpo que move e pensa. O estudo opera sobre as ideias de relações de poder de Michel Foucault e a análise crítica dos modos do ensino da Anatomia Humana preconizados na área da saúde e importados tais quais para o ensino na área de artes.</p>Marise Léo Pestana da Silva
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2025-11-282025-11-2861As CONQUISTAS E DESAFIOS DAS PESSOAS TRANS NO QUE CONCERNE AO RECONHECIMENTO DE DIREITOS FUNDAMENTAIS
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<p>Este artigo tem como objetivo analisar se as pessoas Trans no Estado Brasileiro têm seus direitos fundamentais- garantidos constitucionalmente para todos os brasileiros- respeitados; se as leis promulgadas após a Constituição de 1988 têm levado em consideração as subjetividades e necessidades físicas, sociais, psicológicas e jurídicas desse público. Uma vez que o Brasil apresenta um quadro de desrespeito às leis e aos direitos humanos, sendo considerado o país mais violento para as pessoas Trans. Nessa perspectiva, abordar-se-á quais as conquistas e os desafios da pessoa Trans no que concerne ao reconhecimento dos Direitos Fundamentais e os Princípios Constitucionais no Brasil. E, por último, discutir-se-á sobre a importância da Educação para a reivindicação e a efetivação de direitos.</p>Eliana Gondim Sampaio
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2025-11-282025-11-2861O DESPERTAR DA JIBOIA
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<p>Este estudo investiga as intersecções entre a filosofia existencialista de Jean-Paul Sartre e a etnografia, com foco no papel transformador da imaginação. Partindo da noção sartriana de liberdade e responsabilidade, o artigo explora como a consciência humana, por meio do imaginário, transcende o mundo concreto e possibilita a criação de novos sentidos e identidades. A experiência ritualística é analisada como um espaço liminar, conforme as interpretações de Clifford Geertz e Victor Turner, onde o indivíduo abandona temporariamente suas identidades sociais para explorar possibilidades inéditas de existência e sentido. Através de um relato etnográfico de uma experiência psicodélica, o estudo ilustra como a fusão entre o real e o imaginário proporciona ao indivíduo uma reconciliação profunda consigo mesmo, promovendo a autenticidade e a liberdade. Esta abordagem híbrida evidencia que o imaginário, além de ser uma forma de transcender a realidade, funciona como ferramenta de cura e ressignificação, permitindo que o ser humano reconstrua sua identidade dentro de contextos culturais significativos. Assim, o artigo oferece uma visão interdisciplinar que une filosofia e etnografia para entender a complexidade da experiência humana e o papel da imaginação na transformação pessoal.</p> <p> </p>Karlene Bianca de OliveiraThaís de Sá Oliveira
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2025-11-282025-11-2861EDUCAÇÃO, ESTÉTICA E FORMAÇÃO
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<p>A proposta discursiva deste texto baseia-se na intenção de correlacionar educação e estética, com vistas a compreender a educação como <em>práxis</em> social e a estética como eixo filosófico que estuda questões relacionadas à arte, à beleza, à sensibilidade e à imaginação. Trata-se de explorar a proximidade entre educação e cultura como possibilidade de aliar estética e educação. Em nossos esforços, levantamos dois autores: Jean-Paul Sartre (1905-1980) e Mikel Dufrenne (1910-1995), a fim de confrontar suas ideias, o que nos levou a supor que o estudo estético envolve sistematicamente a compreensão do ser humano e a sua condição existencial, a sua educação, a sua cultura, bem como as suas formas de expressão e criação artística. Nossas reflexões revelaram-se fecundas, mesmo que embrionárias, ao verificar na experiência estética uma possibilidade de ressignificação sobre o caráter formativo da arte.</p>Guilherme Batista Vieira MansoLiliane Barros de Almeida
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2025-11-282025-11-2861A ESPERANÇA COMO NECESSIDADE ONTOLÓGICA DO EDUCADOR
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<p>A Esperança é fundamental para o processo de transformação da sociedade, de acordo com o pensamento de Paulo Freire, que atuando nas relações concretas, as modifica através de um projeto: um sonho. Seguindo à esteira deste pensamento, Paulo Freire a entende como necessidade ontológica fundamental para a mudança da sociedade e o educador atua como mediador desse processo. Diante desses pressupostos teóricos, o presente trabalho objetiva analisar o motivo da Esperança ser uma necessidade ontológica para o educador. É neste sentido que há a necessidade de retomar os pressupostos filosóficos que definem essas duas categorias, se utilizando principalmente da leitura de Tomás de Aquino, autor que não é estranho à Paulo Freire e que debate de modo qualificado e filosófico os conceitos. Diante disso, há alguns questionamentos que podem ser feitos: 1. Como a Esperança, enquanto conceito da tradição filosófica, se relaciona com uma pedagogia engajada como a freiriana? 2. Por que Paulo Freire se utiliza do termo ontologia para debater sobre sua pedagogia? Para responder estes questionamentos um referencial teórico se faz necessário, diante disso será utilizada as obras <em>Pedagogia da Esperança</em> e <em>Pedagogia do Oprimido</em> de Paulo Freire, a IIaIIae da <em>Suma teológica </em>de Tomás de Aquino e a obra <em>Tomás de Aquino e Paulo Freire</em> de Carlos Josaphat. Seguindo o caminho apontado e com o auxílio da bibliografia determinada, o escopo do trabalho será alcançado.</p>Erison de Sousa Silva
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2025-11-282025-11-2861DA PONTE PRA CÁ
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<p><strong>RESUMO:</strong><span style="font-weight: 400;"> O presente trabalho tem como objetivo apontar as aproximações do discurso popular fornecido por Racionais MC’s com elementos da tradição filosófica, em nossa empreitada o recorte estabelecido toma as considerações de Frantz Fanon e a violência racial estabelecida no mundo colonizado em paralelo com as estruturas herdadas na violência exercida através do corpo capitalista na periferia. Evidenciando não apenas o diagnóstico, mas a construção de um novo testemunho da humanidade para o desenvolvimento de práticas educativas libertadoras.</span></p> <p><strong>PALAVRAS-CHAVE:</strong><span style="font-weight: 400;"> Fanon, Freire, Libertação, Rap, Testemunho.</span></p> <p> </p> <p><strong>ABSTRACT: </strong><span style="font-weight: 400;">The aim of this work is to point out the approximations between the popular discourse provided by Racionais MC's and elements of the philosophical tradition. In our endeavour, the section established takes the considerations of Frantz Fanon and the racial violence established in the colonized world in parallel with the structures inherited in the violence exercised through the capitalist body in the periphery. It highlights not just the diagnosis, but the construction of a new testimony of humanity for the development of liberating educational practices.</span></p> <p><strong>KEYWORDS: </strong><span style="font-weight: 400;">Fanon, Freire, Liberation, Rap, Testimony.</span></p>Panna Nawar Everton Maranhão
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2025-11-282025-11-2861CARTAS FILOSÓFICAS EM SALA DE AULA
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<p><span style="font-weight: 400;">O presente artigo visa discutir uma experiência filosófica feita em sala de aula com alunos do Ensino Médio, onde eles propuseram-se escrever cartas a partir de textos de filósofos antigos, a saber: Aristóteles que discute em seu livro Ética a Nicômaco a questão da verdadeira amizade, assim como Epicuro que em sua carta a Meneceu discute a questão da verdadeira felicidade. O contato com o texto dos filósofos proporcionou um estudo de leitura, interpretação e aprendizagem a partir de conceitos filosóficos, tais como eudaimonia, prazeres, amizade, justiça, morte, dentre outros, assim como, proporcionou aos alunos refletirem sobre a própria existência a partir do momento que foram instigados a escreverem cartas para seus colegas de sala. Assim, a filosofia não ficou estática em sua história mas ganhou vivacidade a partir do momento que os alunos colocaram a mão na massa, ao produzirem as cartas filosóficas.</span></p>Ricardo de Moura Borges
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2025-11-282025-11-2861MATEMÁTICAS
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<p>O presente artigo movimenta os conceitos da filosofia da diferença em um ensaio decolonial que tensiona a matemática legitimada a partir de experimentações no contexto do Centro de Educação e Cultura Indígena (CECI) do Jaraguá. Por meio da cartografia, buscamos desnaturalizar as práticas e táticas instituídas no território escola, criando espaços para outras formas de conhecimento que ocorrem durante o processo do aprender. Nesse sentido, entendemos que as experimentações com a cartografia, em uma escola indígena, possibilita engendrar discussões acerca das políticas (re)cognitivas que organizam as práticas da Educação Matemática e nos permite explorar caminhos outros, invisibilizados, em que a interação entre corpos humanos e não humanos compõem novas possibilidades educacionais.</p>Isis Maria de Paula OliveiraMichela Tuchapesk da Silva
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2025-11-282025-11-2861FILOSOFIA X NEOLIBERALISMO
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<p>A metodologia para o processo de escrita desta apresentação foi inspirada por Jean-Luc Godard que escrevia os roteiros das cenas de seus filmes um dia antes de elas serem gravadas. A construção do roteiro se fazia de maneira dialogada com os atores. No meu caso, coletei minhas experiências neste evento, entre os dias 28 e 29 de agosto do ano vigente (na ocasião, 2024), e construí minha apresentação. Espero que eu contribua de alguma forma para o fomento do debate sobre a indispensabilidade do <strong>ensino de filosofia</strong> no Brasil.</p>Pedro Henrique Araujo Santiago
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2025-11-282025-11-2861