O papel dos fósseis na teoria da progressão dos animais de Lamarck
Palavras-chave:
Lamarck, Empirismo, Evolucionismo, Geologia, Século XIXResumo
Sabe-se que a teoria “evolutiva” de Lamarck proposta entre 1800 e 1820 teve um baixo impacto e uma mínima aceitação em sua época. Ela foi considerada especulativa e Lamarck tem sido criticado por não ter oferecido uma fundamentação empírica para vários aspectos de sua teoria. Uma das críticas feitas às teorias evolutivas na época era a ausência de formas intermediárias entre espécies fósseis e atuais. O objetivo do presente artigo é averiguar de que modo os fósseis foram utilizados para fundamentar as mudanças geológicas, a gradação dos animais ou mesmo a transformação das espécies na teoria de Lamarck. Além disso, se as críticas mencionadas acima se aplicam à sua proposta. Esta pesquisa levou à conclusão de que os estudos de Lamarck sobre os fósseis contribuíram para o seu conhecimento na época. Do ponto de vista empírico, eles forneceram fundamentação para alguns aspectos de sua teoria como as mudanças na crosta terrestre. Por outro lado, a semelhança entre formas fósseis e viventes sugeriu que as espécies poderiam ter se modificado e não se extinguido. Porém, nas obras em que apresentou sua teoria evolutiva relacionada aos animais, Lamarck praticamente não retomou essas evidências e nem as explorou detalhadamente. Ou seja, não utilizou fatos que lhe eram acessíveis, na época, e que teriam sido de grande importância para a fundamentação de sua teoria. Nesse sentido, algumas das críticas recebidas eram cabíveis.Downloads
Publicado
2021-03-23
Como Citar
Martins, L. A.-C. P. (2021). O papel dos fósseis na teoria da progressão dos animais de Lamarck. Revista Helius, 3(2, fasc. 1), 563–598. Recuperado de //helius.uvanet.br/index.php/helius/article/view/197
Edição
Seção
Artigos do Dossiê