A ecologia evolutiva da plasticidade fenotípica em táxons de organismos: uma breve revisão

Autores

  • Rogério Parentoni Martins UFC/UNICAMP
  • Rodrigo Lima Massara UFMG
  • Cristiane Xerez Barroso UFC

Palavras-chave:

Adaptação, Fenótipo, Seleção natural, Revisão, Diversificação de espécies, Aquecimento global

Resumo

Resumo Atualmente, a plasticidade fenotípica é bem conhecida em táxons de organismos unicelulares e pluricelulares em todo o mundo. Ela resulta da evolução de características dos organismos devido às suas interações com fatores ambientais. A plasticidade fenotípica apresenta uma base genética sólida e resulta de interações complexas entre genes, desenvolvimento e epigenética. Embora o conceito de plasticidade fenotípica tenha sido relativamente bem definido pelos biólogos evolutivos, suas manifestações são bastante diversas e dependem de mecanismos de desenvolvimento, genéticos e epigenéticos que influenciam o tamanho, a forma, a fisiologia e o comportamento dos fenótipos. As bases conceituais desses mecanismos precisam ser esclarecidas para facilitar a comunicação entre biólogos evolutivos e público em geral. Nós compilamos os conceitos mais importantes sobre as manifestações da plasticidade fenotípica tanto ecológica quanto evolutiva. Revisamos as manifestações fisiológicas, morfológicas e comportamentais da plasticidade fenotípica dos táxons de organismos. Plantas são provavelmente mais plásticas fisiologicamente e morfologicamente do que animais vágeis, os quais, por sua vez, são aparentemente mais plásticos em termos de comportamento do que as plantas. Devido às restrições metabólicas a que animais e plantas estão sujeitos, a temperatura é provavelmente o principal fator universal que promove respostas plásticas nos organismos. Como as condições climáticas desencadeiam respostas plásticas rápidas dos organismos, é importante saber sobre a ecologia e a evolução subjacentes a essas respostas para prever as consequências dos efeitos climáticos globais sobre a biodiversidade.

Biografia do Autor

Rogério Parentoni Martins, UFC/UNICAMP

Graduado e licenciado em História Natural pela Universidade Federal de Minas Gerais (1974), mestrado em Ecologia pela Universidade Estadual de Campinas (1980) e doutorado em Ecologia pela Universidade Estadual de Campinas (1991). Pós-doutorado no Departamento de Zoologia da Universidade da Florida, Gainesville. Aposentado pela UFMG onde coordenou por 5 anos o programa de pós graduação em Ecologia, Conservação e Manejo de Vida Silvestre. Atualmente é pesquisador-visitante I CNPq no Departamento de Biologia da Universidade Federal do Ceará, Fortaleza. Foi coordenador de área da CAPES e CNPq. Tem experiência na área de Ecologia e Comportamento, com ênfase em Ecologia Teórica, atuando principalmente nos seguintes temas: filosofia da ecologia, interdisciplinaridade, biodiversidade, educação, desenvolvimento sustentável e conservação.

Rodrigo Lima Massara, UFMG

Atualmente, sou residente pós-doutoral (PNPD /Capes) no Programa de Pós-Graduação em Ecologia, Conservação e Manejo da Vida Silveste da UFMG, onde também oriento alunos de mestrado e doutorado. Sou doutor em Ecologia pela UFMG (Bolsista CNPq), com um período sanduíche (18 meses) na Colorado State University, EUA (Bolsista CAPES), e mestre em Zoologia dos Vertebrados pela PUC-Minas. Me graduei em Ciências Biológicas com Ênfase em Gestão Ambiental na PUC-Minas e ao longo do curso de graduação ganhei uma medalha de honra ao mérito pelo excelente desempenho durante o curso. Sou também Sócio-Fundador do Instituto SerraDiCal de Pesquisa e Conservação (http://www.serradical.org.br/). Possuo mais de 20 artigos publicados em periódicos internacionais indexados e experiência de docência tanto na graduação, quanto na pós-graduação. Também sou revisor de mais de 10 periódicos internacionais e atuo como editor acadêmico da Plos One e editor associado da Ecology and Evolution. Também orientei alunos de graduação (iniciação científica) e pós-graduação (mestrado e doutorado) em diferentes universidades do país. Tenho amplo interesse em diferentes temas relacionados a biologia, mas atuo especialmente na ecologia e conservação de mamíferos neotropicais, com ênfase na utilização de ferramentas e metodologias analíticas robustas, para a escolha e implementação de medidas e estratégias para a conservação dos mamíferos no atual contexto de fragmentação e perda dos habitats nativos.

Cristiane Xerez Barroso, UFC

Graduou-se Bacharel e Licenciada em Ciências Biológicas e doutora em Ciências Marinhas Tropicais, ambos pela Universidade Federal do Ceará (UFC). Tem experiência nas áreas de Zoologia, Ecologia e Biogeografia marinha, com ênfase em Mollusca. Atualmente é bolsista de pós-doutorado pelo programa PNPD/CAPES.

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Publicado

2021-03-23

Como Citar

Martins, R. P., Massara, R. L., & Barroso, C. X. (2021). A ecologia evolutiva da plasticidade fenotípica em táxons de organismos: uma breve revisão. Revista Helius, 3(2, fasc. 3), 1333–1373. Recuperado de //helius.uvanet.br/index.php/helius/article/view/204

Edição

Seção

Artigos do Dossiê