A PÓS-MODERNIDADE À LUZ DA FILOSOFIA SARTREANA
Resumo
Partindo de uma pesquisa acerca da noção moderna-contemporânea de dualismo, mais especificamente da dicotomia corpo e mente cartesiana, intento com este texto refletir sobre algumas das consequências implicadas quando do reconhecimento e acolhimento da complexidade como marca do ‘real’ e do conhecimento. A escolha da forma ensaística de escrita, por sua vez, é a tentativa de ser coerente com a lida com o complexo, remontando ao estilo iniciado no século XVI por Montaigne e, acatado em seu espírito por Nietzsche. Dentre os diversos tópicos relevantes a uma aproximação com a complexidade destaco neste artigo: a importância da transdisciplinaridade; a análise crítica do modelo e dos critérios da clareza e distinção impingidos à verdade pelo pensamento de Descartes; uma ruptura com o posicionamento que supõe existirem saberes neutros e plenamente objetivos; pontuo a necessidade de que seja problematizado o modo filosófico/acadêmico contemporâneo de redação e produção do conhecimento; os efeitos sociais da disseminação da dicotomia; a defesa da filosofia e da ciência como ficções; além das demandas éticas inerentes à aceitação da complexidade.Por se tratar de um ensaio, o artigo não pretende esgotar os significados, e sim ampliá-los ao fornecer algumas possibilidades de leitura e compreensão acerca de uma filosofia da complexidade. Ao final de todo o percurso, todos os esforços filosóficos de ‘Ensaiando a complexidade’ se canalizam na esperança de que ele possa servir como catalisador de diálogos.Downloads
Publicado
2016-03-31
Como Citar
Santiago, S. M. (2016). A PÓS-MODERNIDADE À LUZ DA FILOSOFIA SARTREANA. Revista Helius, 1(2). Recuperado de //helius.uvanet.br/index.php/helius/article/view/54
Edição
Seção
Artigos (Varia)